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Outubro Rosa e Atividade Física 

Você sabia que só no ano de 2020 quase 70 mil mulheres tiveram câncer da mama só no Brasil? Esse número representa quase 30% da incidência dos tipos de câncer que acometem mulheres no nosso país. A campanha do Outubro Rosa surgiu em 1990 nos EUA, com o objetivo de propor a conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de mama e cuidados com a saúde da mulher. E como prevenir o câncer? ATIVIDADE FÍSICA!

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, o câncer de mama é a neoplasia maligna mais comum nas mulheres após o câncer de pele não-melanoma, representando 29,7% de todos os cânceres que atingem o sexo feminino no ano de 2020.

O órgão estima que cerca de 17.572 mulheres vieram à óbito por câncer de mama em 2018, representando um percentual de 16,4% de óbitos em virtude de câncer em mulheres no Brasil. O fato ainda é agravado em mulheres pós-menopausa, à partir dos 50 anos.

E uma das melhores formas de prevenir e tratar o câncer é com uma rotina mais saudável e a prática de atividade física. Vários estudos comprovam que manter-se ativo fisicamente pode tanto prevenir a doença quanto ajudar no tratamento.

Sedentarismo e Câncer

O sedentarismo juntamente com o excesso de peso, é responsável por 25% dos casos de câncer no mundo, além de estar ligado a outros inúmeros problemas de saúde, como doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, diabetes, depressão e enfraquecimento ósseo. Em estudo realizado por Bourke et al (2013), foi constatado que a maioria dos indivíduos com câncer são sedentários ou não ativos.

A American Cancer Society (ACS) afirma que mulheres fisicamente ativas têm 10 a 20% menos risco de câncer de mama do que mulheres que são inativas. Essa redução está associada com a prática de atividade física intensa ou, até mesmo, moderada ou leve como caminhadas. Um estudo conduzido pela ACS, com mais de 73 mil mulheres em estado de pós-menopausa, identificou redução de 14% no risco de câncer de mama em mulheres que caminhavam mais de sete horas por semana, quando comparadas a mulheres que caminhavam menos de três horas por semana.

São vários os motivos que justificam a relação entre sedentarismo e aumento do número de casos de câncer. A Sociedade Brasileira de Mastologia aborda que o aumento do tecido adiposo aumenta a produção de estrogênio, ou seja, quanto mais gordura, mais estrogênio. E isso é prejudicial às mulheres, visto que  as células cancerígenas utilizam o hormônio como um combustível, já que ela atua nas células mamárias.

Outro hormônio que aparece em algumas pesquisas relacionadas à prevenção do câncer de mama é a insulina, responsável por induzir a multiplicação de células. Por conta disso, uma vez que o câncer se inicia, ter altos níveis de insulina no sangue torna-se perigoso, e se exercitar pode diminuir a quantidade dessa substância que circula pelo corpo.

Atividade física diminuir o risco de câncer

A atividade física desempenha papel fundamental na prevenção do câncer de mama pela redução do tecido adiposo e, consequentemente, diminuição dos níveis de estrogênios circulantes, da inflamação e da sensibilidade à insulina, além da diminuição dos níveis de insulina no corpo.

Além disso, a atividade física também tem efeitos imunomodulatórios que melhoram as respostas imunes inata e adquirida e promovem vigilância tumoral. Alguns estudos abordam que a atividade física contribui para reduzir o estresse oxidativo e melhorar os mecanismos de reparo do DNA, possivelmente controlando a carcinogênese. Ademais, a prática de atividade física ao ar livre estimula a maior produção de vitamina D, interferindo no processo de proliferação celular.

Atividade física durante e depois do tratamento de câncer

Vários estudos comprovam os benefícios da atividade física durante o tratamento, com melhoria nas resposta, além da melhoria da qualidade de vida dos pacientes, assim como redução da fadiga, melhora das capacidades funcional e psicológica e diminuição do risco de morte. O exercício é fundamental para manutenção da forma física, melhorando a massa muscular e diminuindo o ganho de gordura.

A atividade física, em qualquer nível, no pós-diagnóstico é capaz de reduzir a mortalidade nas pacientes com câncer de mama em aproximadamente 30%, especialmente nas pacientes acima de 50 anos. Em mulheres com tumores com receptor positivo para estrogênio, a atividade física reduziu a mortalidade específica em 50%.

A atividade física também mostrou importância no controle do reaparecimento da doença, diminuindo a possibilidade de se contrair o câncer novamente e aumentando a sobrevida em 10 anos para mulheres ativas.

E quais atividades físicas praticar?

O Instituto Nacional de Câncer recomenda sessões de 45-60 minutos em pelo menos cinco dias da semana, sem descrever especificamente o exercício, com intensidade moderada ou alta.

Há alguns estudos que recomendam a prática de treinamento resistido com musculação ou atividade funcional. Contudo, o fundamental é ter a supervisão de um bom profissional que leve em consideração a individualidade da pessoa, frequência, duração, volume intensidade do exercício.

O segredo é: faça atividade física como a forma mais barata, fácil e eficiente de se prevenir e/ou modificar o risco e impactos da doença. Escolha uma boa atividade e um bom profissional para te guiar nesse caminho. O FunFute apoia e se solidariza à causa do Outubro Rosa!

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