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Jogue como uma garota!

''Qual é, qual é... Futebol não é pra mulher! Eu vou mostrar pra você, mané! Joga a bola no meu pé!''

O ano de 2019 também é ano de Copa do Mundo de Futebol e dessa vez é o ano das mulheres e essa copa já é histórica em vários sentidos e representa uma conquista para o futebol feminino no mundo.

As mídias internacionais já tratam como o maior evento esportivo do ano, enquanto aqui no Brasil, o principal canal de TV aberta do país, confirmou a transmissão pela primeira vez ao vivo e na íntegra de todos os jogos da seleção nacional. Durante a transmissão de todos os jogos da seleção feminina de futebol em 2016 nos Jogos Olímpicos do Rio, o alcance foi de 111 milhões de pessoas e esperamos números ainda maiores para esse ano.

Além disso, pela primeira vez na história teremos um álbum de figurinhas da Copa do Mundo Feminina de Futebol, realizado na França. A visibilidade finalmente está aumentando, mas as disparidades frente ao futebol feminino ainda são gritantes. É, também, a primeira vez que a seleção brasileira tem um uniforme exclusivamente criado para as nossas atletas pela fornecedora de material esportivo Nike que também criou campanhas exclusivas para a divulgação da modalidade.

As vendas de ingresso para os jogos também aumentaram exponencialmente, tendo sido vendido mais de 720 mil ingressos, tendo alguns jogos esgotados. Contudo, o recorde de público da Copa do Mundo de futebol feminino aconteceu em 1999, na edição realizada nos Estados Unidos, contando com a presença de 90.185 torcedores que presenciaram o título da seleção americana contra a Itália no estádio Rose Bowl, onde a seleção masculina foi tetracampeã mundial, com o público de 94.194 torcedores.

A história do futebol feminino no Brasil é cercada por muita luta e injustiças, tendo o esporte proibido para as mulheres no Brasil no ano de 1941 pelo Decreto-Lei 3.199 que abordava em seu artigo 54 que “às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza…” Tal absurdo só foi revogado em 1979.

A Copa do Mundo teve sua primeira edição não-oficial em 1988 na China, com participação de 12 seleções, de forma experimental. Já o primeiro torneio oficial aconteceu também na China e com 12 participantes em 1991. Desde então as edições ocorrem de quatro em quatro anos. Apenas Brasil, Alemanha, Japão, Nigéria, Noruega, Suécia, Estados Unidos disputaram todas as edições.

Finalmente o futebol feminino vem ganhando mais visibilidade. Dados da Kantar IBOPE Media apontam que na última edição do evento o consumo das transmissões dos jogos aumentou em 51%. Isso também atrai mais patrocinadores e parceiros que queiram atrelar sua marca ao esporte, auxiliando no seu crescimento.

Recordes

Em termos de recordes o Brasil detém números extraordinários. Nossa craque Marta é a atleta mais vezes eleita melhor do mundo, tanto no masculino quanto no feminino, com 6 títulos, superando craques mundiais como Messi e Cristiano Ronaldo com 5 títulos cada. Além disso, nessa edição, Marta se tornou a maior artilheira das Copas do Mundo masculina e feminina, com 17 gols.

Além disso, a atleta promove campanha em prol da igualdade de gênero, utilizando chuteira preta, sem patrocínio, com logo que defende a igualdade salarial entre homens e mulheres.

Além disso, a brasileira Formiga é a atleta mais velha a entrar em campo em um Mundial, aos 41 anos de idade. Sua primeira edição de Copa do Mundo disputada foi em 1995, aos 17 anos e em 2019 Formiga bate outro recorde, sendo a recordista em participações em Copas do Mundo, entre homens e mulheres, totalizando 7 edições.

Além disso, Formiga joga na seleção há mais de 20 anos, disputando todas as edições olímpicas desde 1996 e sendo a atleta que mais vestiu a camisa da seleção brasileira, ultrapassando os 149 jogos de Cafu.

A maior goleada já aplicada em um jogo de Copas do Mundo, masculino e feminino, aconteceu nessa edição da França, em 2019, com os Estados Unidos fazendo o placar de 13 x 0 contra a equipe da Tailândia. Até então, a maior goleada tinha acontecido em 2007, no jogo Alemanha x Argentina em que a equipe alemã saiu com a vitória por 11 a 0.

A seleção feminina da Alemanha também ficou marcada na história com a goleira Nadine Angerer que ficou mais tempo sem ser vazada, totalizando 622 minutos sem levar gols, durante as copas de 2007 e 2011. Na copa de 2007 a goleira não tomou sequer um gol.

Ela foi a única goleira entre homens e mulheres a ganhar a Bola de Ouro, em 2013. Além disso, a técnica Alemã Silvia Neid detém um recorde como a técnica que mais vezes comandou uma seleção, disputando 3 Mundiais, conquistando o título em um deles (2007) e o inédito ouro olímpico em 2016.

A seleção dos Estados Unidos é a seleção com maior número de títulos em Copas do Mundo Feminina, totalizando três conquistas nos anos de 1991, 1999 e 2015. Além disso, nas sete edições do Mundial, a equipe nunca ficou fora do pódio.

O Funfute, por sua vez, apoia demais o futebol feminino e desde a sua criação em 2017 busca mostrar cada vez mais que o lugar da mulher é onde ela quiser, sendo dentro ou fora dos campos.

O público feminino do Funfute hoje é quase de 50%, então as mulheres mostram sua força e diz que futebol é para mulher sim, e o Funfute para todo mundo! Cola com a gente que é sucesso!

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